Aos primeiros raios da manhã pássaros ensaiam o despertar de um novo dia.
A brisa da noite banha os campos quais lágrimas de felicidade por mais um amanhecer.
Alargando os limites da minha visão, vislumbro uma das arvores a balançar-se
vagarosamente como se estivesse embalando-se ao sabor dos suaves ventos matutinos.
Seus galhos nenhuma folha… Sua altura… Um desafio de equilíbrio.
Todavia, ali, a balançar-se se descortinava o limiar da vida.
Aquela espécie quase morta ou apenas adormecida aguardava nova estação.
Quando despertaria do sono natural para seguir a trajetória da renovação da natureza?
Talvez numa nova roupagem ornada de folhas, flores ou frutos e receber em seus tentáculos algumas espécies gorjeando e redescobrindo o encanto das visitas e da musicalidade silvestre.
Os galhos ressequidos não apontavam para o chão.
Lá nas entranhas da terra havia vínculos,
quais veias de renovado calibre a buscar os nutrientes físicos.
Apontando para o Céu quais dedos emparelhados, suplicava ao Pai Eterno,
nova oportunidade para lançar-se revigorada, como se fosse um novo período de vida, ornada com os fragmentos de leis imutáveis.
O balanço… O gemido aos roçar-se nas outras, mais pareciam lamentos num
vai-e-vem sem fim.
O sol aparece, e num diálogo de luz, lá está ela sugerindo formas e cores imagináveis rendilhando-se no chão ornadas por ondas do infinito confidenciando-me:
Feliz é aquele que consegue enxergar além dos olhos do corpo…
E assim eu te reverencio…
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