Ao toque dos anjos, Deus, regendo a orquestra divina, transformava
palavras em orações. E no silêncio do ambiente celeste, amigos nos
inspiravam com frases de encantamento de que tudo tem seus encantos
e algumas desilusões, o ato de separar-se era o viver pela metade
e que o alcance da felicidade somente se completa com a união dos
encantos de dividir um abraço, sorrir para o mundo, alegrar-se da
vida dos amigos que conquistamos ao longo da caminhada de luz.
Quantos vivem a vida pela metade? Os que se deixam comprometer com
seus caprichos ou arraigados aos perniciosos sentimentos do egoísmo,
as necessidades do próximo são secundariamente desprezadas,
decorrendo daí o egoísmo latente da alma que, desatenta não valoriza
a outra metade. Calcada nos valores materiais, vive o ser numa região
onde o desânimo toma conta do cérebro e das zonas de felicidade.
Deus, em sua infinita sabedoria, propôs aos compromissados com o
matrimônio inúmeras oportunidades para fazer da vida conjugal um
santuário sublimado na tolerância, nos votos de fé,
fortalecendo-os para lutas inúmeras, pois assim é a Vida.
Entretanto, descuidados das leis do amor, tal, qual alguém que perde
alguma coisa, não conseguindo encontrá-la, causando espasmos mentais,
mortificando a essência do viver em pleno convívio com a família,
com os companheiros de trabalho, achando o mundo sem graça.
Talvez tenha chegado o momento de contemplar a natureza,
extraindo dela o que de mais belo se nos oferece, alguns exemplos
são oportunos: nuvens que passam, levando infinitas angústias,
desesperanças, ou talvez relembrar os caminhos dolorosos do Cristo,
espelhando-se na mansidão e na confiança própria do maior exemplo
de pedagogia do universo. Sem o alimento da alma, a religião que te
agrada consiga retirar de tua mente os miasmas indesejáveis que
teimosamente torturam o coração que perdeu a oportunidade de
compartilhar o magnetismo de um abraço ou o calor de algumas
palavras de amor que proporcionam esperança e fé.
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