Todos que têm medo, é por que não têm fé.
Isto fica claro quando percebemos que a falta de fé gera a insegurança. Os trabalhos naquela noite se desenvolviam muito tranquilos, com muitos retornos de irmãos que tiveram uma melhora muito grande.
O penúltimo paciente a deitar na maca vem pela primeira vez. Após exame de rotina, o Médico Espiritual indaga-o?
– Por que você veio até nós, querido irmão.
Rapidamente aquela criatura jovem na Terra diz que tem medo de tudo o que faz, sente vontade de isolar-se a todo o momento.
– Você está fazendo algum tratamento na Terra? Toma algum medicamento?
– Não. Diz o irmão.
Os irmãos encarnados que dão sustentação aos trabalhos ficam estarrecidos e se perguntam mentalmente, como este caso vai ser conduzido a partir deste momento. O Médico Espiritual continua a conversar com o irmão assistido afim de descontraí-lo para o que vêm pela frente.
Após alguma conversa, nosso irmão assistido está um pouco mais calmo e menos ansioso.
O Médico Espiritual segura sua mão com a mão do médium e pergunta-lhe:
– Você tem visitado sua mãe na Terra?
– Não. Diz o irmão.
– Porque? Retruca o Médico Espiritual.
– Acho que tenho medo de ir até a sua casa.
– Você gosta dela?
– Gosto bastante.
– Por que você gosta bastante?
– Porque ela quase morreu, quando eu estava para nascer; foi um parto muito complicado. Eu também corria risco de vida, e quando vejo minha mãe sinto um nó na garganta como se estive a me dizer o quanto foi difícil para mim e para ela o meu nascimento.
– Desde de pequeno eu tenho dificuldades no relacionamento com minha mãe e sempre que a vejo sinto vontade de chorar e algo dentro de mim me faz até evitar de visitá-la.
– Querido irmão, continua o Médico Espiritual, fique muito tranquilo que nós vamos neste momento ajudá-lo a se desvencilhar deste medo.
O Médico Espiritual começa então neste momento um processo de regressão e através de momentos e momentos vai fazendo-o chegar até a sua vida intra-uterina, coincidindo com a preocupação e início do parto propriamente dito.
Nosso irmão torna-se um verdadeiro bebê na placenta de nossa irmã e neste momento, ele começa a relatar as aflições da mãe com a preocupação de perdê-lo. As cenas comovem a todos os encarnados que dão sustentação aos trabalhos.
Neste momento da regressão o Médico Espiritual faz várias intervenções levando amor, fé em Deus aquela pequenina e frágil criança que está para nascer.
Os momentos são de muita emoção e principalmente de muito amor para aquelas duas criaturas, ou seja, mãe e filho.
Lentamente, o Médico Espiritual pede que ele vá voltando no tempo e chegue até os dias de hoje.
O nosso irmão retorna ao seu normal. Chora muito. Algo indescritível sente que está acontecendo com ele. Mas, não consegue traduzir.
– Muita calma, querido irmão, diz o Médico Espiritual.
– Está se sentido bem?
– Sim, diz o irmão.
Para os encarnados que dão sustentação aos trabalhos na sala, tudo parece que agora terminou e o desfecho é ele ir embora, com certeza melhor do que chegou. Porém, não é assim.
O Médico Espiritual segura sua mão e pede que ele pense em Jesus e pergunta:
– Tem saudades do seu Pai? (seu pai já havia desencarnado na Terra).
– Tenho, responde, meio perplexo do porquê da pergunta. Então, o Médico Espiritual lhe pergunta:
– Onde você acha que ele está agora?
– Não sei, responde.
– Se você o encontrasse o que você gostaria de dizer a ele?
Diante de uma emoção muito profunda ele diz:
– Gostaria de falar que mesmo não tendo uma convivência muito grande, até pelo jeito rude que meu pai tinha, eu gostava muito dele.
Lentamente, o Médico Espiritual segura com a mão direita do médium sua mão, e move a mão esquerda do médium para o lado esquerdo e parece agarrar invisivelmente a mão de outra pessoa no vazio. Toda energia do pai que ali estava é levada até o irmão que está na maca totalmente paralisado.
– Mas, não tem algo em especial que você gostaria de dizer-lhe?
Pergunta o Médico Espiritual.
– Sim, tem algo dentro de mim que me tem perseguindo desde que ele morreu, que é pedir-lhe perdão por eu não ter sido melhor do que fui para com ele. E me sinto culpado desta relação difícil, pois seria eu que deveria entender meu pai.
O pai desencarnado que ali estava recebe aquelas palavras com muito carinho e amor; fica emocionadíssimo, chegando a quase comprometer o elo de ligação entre ele, o médium e seu filho.
A equipe médica espiritual se desdobra no fortalecimento daquela união e tudo volta ao seu normal, principalmente com a colaboração dos encarnados que dão sustentação aos trabalhos. O elo é desfeito e tudo volta ao seu normal.
Pergunta, então, o Médico Espiritual:
– Como está irmão?
– Estou bem, porém um pouco tonto como se estivesse anestesiado.
Ele é colocado de pé e como de praxe são verificadas todas as sua condições para poder ir embora.
Algumas reuniões se passam e eis nosso irmãozinho novamente.
– Como está? Pergunta o Médico Espiritual.
– Estou muito melhor, graças a Deus, pois já visitei minha mãe várias vezes e não mais senti aquele nó na garganta que sempre sentia. Com relação ao medo que tinha, quase desapareceu por completo. Estou muito melhor doutor e tanto eu como minha mãe gostaríamos muito de agradecer tudo que o senhor nos fez.
– Não precisa agradecer nada a nós, e sim a Jesus que foi quem realmente o ajudou.
– Continue sempre suas orações que você vai melhorar ainda mais.
Nosso irmão passou outras vezes, e a cada passagem percebe-se claramente o quanto melhorou.
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