Muitas das pessoas, que procuram as Casas Espíritas, lá vão, por vários motivos, quer sejam de ordem, espiritual, emocional ou físico. Estas criaturas vão até lá, pois estão passando por dificuldades, e já não encontrando soluções típicas para os seus casos, lá estão como última alternativa para a solução de seus males.
Conquanto estejamos atrelados ao corpo físico, imperioso lembrar, que estamos sempre sujeitos as vicissitudes peculiares a ele, o qual nos serve de instrumento ao nosso desenvolvimento.
Queremos sempre alcançar uma melhora física, emocional ou espiritual, mesmo em detrimento que muitas das vezes, que assim procedemos somos levados a este estado, por nós mesmos, ou seja, nós criamos às condições específicas para que possamos tornar nosso corpo físico, vulnerável as intempéries do sofrimento e da dor.
Convém lembrar sempre que as dores físicas ou morais na maioria das vezes não vem de fora para dentro, e sim, somatizam em nosso consciente e depois se reproduzem em nosso corpo físico.
Como iremos combater o efeito se não combatermos primeiro a causa? Daí, é que vemos muitos assistidos, incessantemente em busca de sua melhora, mas não produzindo nada que possa modificar seus pensamentos maquiavélicos que os tomam, em seus princípios e no seu dia a dia.
É de suma importância lembrar também, que nada adiantará ficar pedindo a Deus que o ajude, se você não fizer a sua parte, mesmo por que, se fosse tirado de você, o mal que o atormentam neste momento, em breve tudo retornará novamente, pois como foi dito anteriormente resolveu-se o efeito, mas a causa continuou, pois ela está dentro de você.
Deve-se sempre lembrar da máxima do evangelho que disse Jesus: “faça a tua parte que eu te ajudarei…”. Não podemos ficar sempre a espera da ajuda dos céus, é preciso que “arregacemos as mangas” e nos dispomos a enfrentar os obstáculos mais temíveis, que por incrível que possa parecer, estes obstáculos, se iniciam pelo nosso orgulho e vaidade. Criados em nós, por nós mesmos.
“É preciso lembrar sempre, que o maior obstáculo que temos que vencer é vencer a nós mesmos…”
Não fique esperando, pois nada cairá dos céus, visto que o Pai nos ajuda sempre, mas que deseja ver nossa luta e obstinação para vencermos as dificuldades da vida.
Um conto muito conhecido de todos, retrata muita bem esta passagem:
“ Certo dia de muita chuva, aquela estrada de terra que circundava aquelas fazendas do interior, encontrava-se com muito lama e bastante esburacada, dificultando e muito aqueles homens, que com seus carros de boi, por ela passava. Ao passar por um determinado local o homem A que dirigia a carroça, se viu numa dificuldade muito grande, pois ela acabara de atolar num local, de grande dificuldade para sair dali. O homem A desce da carroça, lamenta o acontecido, faz uma prece a Deus, e começa a tentar tirar a carroça de lá de qualquer jeito. Empurra de um lado, empurra de outro, mas não se irrita, não fica lamentando, nem tão pouco fica a espera de que Deus possa vir a ajudá-lo. Num outro ponto da estrada, o homem B tem as mesmas dificuldades do homem A, visto que o mau tempo, também provocara o atolamento de sua carroça. Homem B desce da carroça, olha as dificuldades da rodas naquele barro e desanimado sente que nada pode fazer, a não ser sentar-se ao lado da estrada e pedir a Deus que possa vir em seu socorro, visto que é um grande devoto do criador. Ali faz sua meditação, reclama bastante, lamenta muito o acontecido e pede ao Pai Celestial que venha rapidamente em seu socorro, para tirar a carroça daquela situação. Não faz esforço algum a não ser ficar circulando ao lado da carroça e cobrar de Deus, que ele venha ajudá-lo, visto que ele vive o dia todo somente fazendo-lhe orações em virtude que é um grande defensor seu na Terra. As horas vão se passando e a chuva aumenta a cada instante. Deus através de seus mensageiros que tudo vê, pois que está presente em tudo, intui a seu mensageiro, que é preciso fazer alguma coisa para ajudá-los naquele momento. Os mensageiros de Deus como sempre altruístas que são, preparam as alternativas para colaborar com o homem B, que estava sentado à beira da estrada reclamando, lamentando e dando louvores a Deus, ao mesmo tempo. Neste momento então, por forte inspiração, os mensageiros de Deus recebem como se fosse uma mensagem que diz:
– Mensageiros, nós vamos ajudar ao homem A, pois ele não só me presta louvor, mas principalmente ele não reclama, não fica só lamentando e está se esforçando em tirar a carroça, ou seja, ele está fazendo a sua parte, e, portanto ele merece a ajuda do céu ”
Um conto muito simples, mas que retrata bem o que é fazermos a nossa parte. Isto poderia ser comparado com alguém que está pedindo ao alto que o ajude, e na Terra não procura ajudar ninguém.
Como pedir que alguém nos perdoa, e não tenha ressentimentos, magoa ou ódio, se nós temos, se nos próprios ainda estamos ressentidos com alguém. Alguns dizem que perdoar é para pessoas bobas, mas não é. Lembre-se sempre que “olho por olho, e dente por dente” já passou há muito tempo.
Você não pode querer aquilo, que você não tem o hábito de dar, pois é dando que se recebe. Sempre que o ódio e a mágoa estiverem dentro de nós, não haverá espaço suficiente para recebermos coisas novas e boas advindos de nosso exterior.
Esta situação é tão conflitante quanto dois corpos freqüentarem o mesmo espaço ao mesmo tempo, ou seja, ou um ou o outro, e melhor seria se você ocupasse o espaço que está dentro de você, com somente coisas úteis e boas. Lembre-se sempre que o melhor antídoto para o ressentimento é o perdão, pois se você não perdoar seu semelhante, não conseguirá o perdão tão almejado para si próprio.
Para você começar a perdoar do fundo do coração, muitas vezes será necessário, iniciar o perdão somente da boca pra fora, e embora você imagine que isto é tão simples, mas não é não.
Imagine sempre que seus primeiros passos foram gatinhando e segurando em tudo que estava ao seu redor. Portanto inicie de algum jeito ou de alguma forma, mesmo que seja parcialmente, pois perdoar certo e por completo, ainda está longe de você.
Fazer o ótimo é sempre o objetivo do perfeccionista, mesmo que para isto você deva iniciar pelo simples ou regular. O mais importante é que você inicie e deixe que o restante se encaixe naturalmente no processo evolutivo.
Não fique com desculpas que para você só é importante o máximo, e lembre-se que para chegar a degraus mais altos, necessariamente você passou pelo bendito primeiro degrau. Muitos dos seus problemas e males que o afligem tem suas origens no ressentimento, na mágoa e no ódio.
“Perdoa sempre e lembre-se que Jesus disse, que devemos perdoar não sete vezes, mas setenta vezes sete. Perdoar faz um bem danado…”
Pense naquela pessoa que o magoou, e busque pela prece ou pela aproximação, o exercício necessário para transmitir-lhe o perdão. Convém lembrar que é melhor reconciliar com teu irmão enquanto é tempo, ou seja, enquanto vocês estiverem encarnados. Pense que se sua vontade for legítima, embora se encontre sem jeito ou sem graça de fazê-la, o céu te iluminará, e o resultado será muito maior do que você imaginar.
“Lembre-se sempre que perdoar também é um exercício, e assim o fazendo você também estará dando condições de ser perdoado, por todos aqueles que você magoou…”
“Lute contra você mesmo, e você conseguirá vencer esta batalha…”
“Renúncia é uma palavra que deve constar sempre no seu dicionário…”
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