O Livro dos Espíritos nos diz: “O sonho é a lembrança, do que o Espírito encarnado viu durante o sono, e que o sono liberta a alma parcialmente do corpo.
Graças ao sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação, com o mundo dos Espíritos”.
Baseados nestes fatos, uma historieta nos conta um sonho de uma pessoa, que ao se libertar parcialmente do corpo através do sono, visitou uma loja no plano espiritual. E ela começa assim:
Fiquei curioso e me aproximei; a porta se abriu lentamente, e quando me dei conta, já estava dentro. Vi muitos espíritos por toda parte, um deles me entregou uma cestinha e me disse:
“Toma, compra com cuidado tudo o que necessitas, e o que não puderes levar agora, levarás depois, mas…. só podes comprar coisas para ti”.
Comecei a caminhar pela enorme e bela loja,e o primeiro que comprei foi Paciência.
O Amor estava na mesma prateleira e, mais abaixo, no mesmo corredor, encontrei a Compreensão, pois isso se necessita com muita freqüência.
Encontrei o Triunfo ao lado da Perseverança, e não hesitei em pegar dois quilos de cada um.
A Humildade estava na parte de cima da estante, e coloquei uma caixa na minha cesta, pois poderia necessitar dela,
depois de utilizar o triunfo. Também encontrei dois pacotes de Fé, que vinha junto com a Prece. Mais adiante, encontrei a embalagem do Perdão, belamente desenhada e coloquei na minha cesta duas caixas, ao dobrar o corredor parei para comprar Força e Coragem, para utilizá-las sem dúvida no decorrer da vida.
No mesmo corredor vi a Serenidade, o Valor e a Sabedoria, os três pelo preço de um e tinham estas instruções:
“Utilizar a Serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar”.
Como ia deixar de comprar esta pechincha? A Paz e a Felicidade as davam grátis com a compra dos demais artigos. Cheguei ao caixa e um espírito me atendeu, então lhe perguntei: “Quanto devo”? Ele me sorriu e disse: “Leva tua cestinha aonde quer que vás”. Novamente lhe perguntei: “Sim, mas quanto devo”? E outra vez ele me sorriu e respondeu: “Não te esqueças, aonde quer que vás”.
Esta historieta nos lembra da lição “O dever”, que se encontra no O Evangelho segundo o espiritismo, e que nos alerta dizendo: O dever é a obrigação moral da criatura, para consigo mesma, primeiro, e, em seguida para com os outros.
O dever é a lei da vida. Confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.
Será que nós já paramos para pensar, o quanto devemos adquirir, para melhorar a nossa maneira de viver e de conviver com as outras pessoas?
O de que realmente precisamos encontrar no decorrer de nossa existência?
Porque hesitamos tanto nas nossas realizações?
Porque demoramos tanto em aceitar as nossas obrigações?
Até quando lutaremos para mudar o que não pode ser mudado?
Quando iremos perceber que nada se compra, mas, se adquire com o passar da existência?
Quando iremos aprender aonde devemos semear tudo que a nossa cestinha reuniu?
E o Evangelho, nos responde: O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio.
Não têm testemunha as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas.
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