Meus irmãos, amai os órfãos.
Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância!!!
Deus permite que haja órfãos para empenhar-nos, a servir-lhes de pai.
Que divina caridade há em ajudar, uma pobre criaturinha abandonada, em impedi-la de passar fome e frio, em dirigir sua alma para que não se extravie no vício!!!
Quem estende a mão à criança abandonada agrada a Deus, pois compreende e pratica sua lei.
Pensai também que, muitas vezes, a criança que socorreis vos foi cara numa outra encarnação; e, se pudésseis lembrar-vos disso, não seria mais caridade, mas um dever.
Assim, pois, meus amigos, todo ser sofredor é vosso irmão, e tem direito a vossa caridade.
Não a caridade que fere o coração, não aquela esmola que queima a mão em que cai, pois vossos óbolos freqüentemente são bem amargos!!!
Quantas vezes seriam recusados se, na mansarda, a doença e a privação não os esperassem!!!
Dai delicadamente, acrescentai ao benefício, o mais precioso de todos: uma palavra boa, um carinho, um sorriso amigo.
Evitai aquele tom de proteção que fere, de novo o coração que já sangra, e pensai que, fazendo o bem, trabalhais para vós e para os vossos.
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