O sonho da cura e da salvação

Eu estava doente, bem doente. Os médicos diziam para não me preocupar, porque, casos desta natureza não causam sofrimentos físicos aos pacientes terminais.
Perguntei-lhes qual era doença que me consumia, não responderam, dirigi-me ao meu médico, ele foi franco e disse-me que era uma doença incurável, muito grave e rara para a medicina atual.
Soube que estavam aguardando um novo medicamento, uma nova droga para testarem em mim, sem ao menos consultarem-me se podia ou não.
A demora era em razão de a droga estar sendo testada em animais, logo seria a vez de testarem em seres humanos, voluntários e involuntários, como eu que seria a cobaia da vez, para ver se a doença regrediria ou avançaria lentamente.
Talvez tentassem outros meios para controlá-la, mas qual, ninguém sabia, já que ela era desconhecida para a medicina atual, nem sabiam como se contraía, estavam totalmente perdidos, não sabiam o que dizer ao paciente.
Quaisquer das hipóteses que se confirmassem, era uma maneira de glorificar o médico por ter tentado. Mas se for vitorioso em suas descobertas, será então consagrado no mundo da medicina, como o único, que ousou usar um ser humano como cobaia involuntária para fazer pesquisas em um paciente terminal, já que era para o bem da ciência.
Se o resultado for satisfatório ele será aclamado publicamente como um gênio, um profissional da maior capacidade, um cientista de muita visão.
Fiquei então estarrecido diante desta fria, cruel e desumana revelação que me fora relatada pelo meu médico. Perguntei-lhe então? Doutor, se o resultado for contrário ao esperado, e eu venha a falecer, o que aconteceria diante deste fato? O que o senhor alegaria pela minha morte?
Tranquilamente ele respondeu-me que emitiria um atestado de óbito, tendo como causa uma infecção generalizada, seguida de uma parada respiratória e cerebral, com conseqüência de um edema pulmonar que já vinha sendo tratado anteriormente. Disse ainda, que me fazia um grande favor, por que eu era um paciente sem cura, em fase terminal, portanto tudo que fizesse para me salvar só seria lucro para mim.
Saí do hospital quase em estado de choque diante de tanto cinismo e falta de ética profissional, além da falta de sentimentos e respeito pelo próximo, era uma desumanidade para qualquer pessoa, independente de ser paciente terminal ou não.
Estava totalmente atordoado, nunca imaginei que existissem pessoas assim.  Caminhei sem rumo, seguia não sei para onde, só queria apenas andar, andar, até que o cansaço tomasse conta de mim, e, me dominasse por completo.
Andei tanto, que não percebia a quantidade de horas que havia caminhado até que vi os limites da cidade, percebi estar na periferia, já entrando para a zona rural, estava bem distante do centro onde me encontrara algumas horas atrás. Eu morava próximo do hospital, não tinha ninguém para dividir as minhas angústias ou alegrias, se é que a alegria já a tivera algum dia nesta vida.
A minha frente estavam vários barracos abandonados por seus moradores por motivos desconhecidos, isto não importava naquele momento para mim, inclusive um dos quais estava de portas e janelas escancaradas mostrando não estar ocupado por ninguém há bastante tempo,
Parecia estar me convidando para pernoitar ali, não pensei duas vezes, dirigi-me ao imóvel e entrei. Num canto estava um papelão grosso atirado ao chão, e, junto um tijolo que parecia fazer parte da cama improvisada, com certeza seria o travesseiro do dono anterior, só que nesta noite, eu é que seria o recheio desta dormida, com um cobertor iria cobrir-me contra o frio da noite, já que o encontrara dobrado ao lado do papelão.
O cansaço era tanto que dormi sem nem pensar no ocorrido daquele dia, mas, achando que não conseguiria pregar o olho diante da amargura sofrida horas antes, eu pensava constantemente na maneira mais fácil de chegar ao suicídio, assim pensando adormeci profundamente.
Sonhei que estava andando ao lado de outras pessoas em um local parecido com um deserto, igual aos dos filmes que assistira nos cinemas, só que eu, e elas, estávamos usando um vestido de mangas longas com uma tira de pano amarrando a cintura, ou soltos, como os demais moradores local, pareciam camisolas ou ceroulas, usadas por homens de séculos passados.
Logo esqueci estes detalhes quando vi que nos dirigíamos a um monte, onde um senhor de cabelos e barbas longas, dominava as pessoas que o escutava com suas palavras de salvação e cura. 
Fui atraído ao seu encontro, tentei chegar o mais próximo possível, empurrei uns e outros, e apesar dos protestos conseguiu estar junto a ELE, não acreditava no que via, era impossível que isto estivesse acontecendo, ainda mais comigo, eu pensava assim, pois achava que morrera dormindo por causa da grave doença, mas não, eu me via em outro século, vivendo lá, o costume não era o meu de sempre, pois estava no Oriente Médio, em Jerusalém para ser mais exato e eu era um deles, vivendo no tempo de… Jesus Cristo!
Mesmo incrédulo com tudo aquilo, consegui ouvir uma voz, firme e suave, amável e com forte personalidade, como a de quem sabe comandar bem, e nos dizia que se estivéssemos arrependidos de nossos pecados, todas as doenças seriam curadas e nossas almas seriam lavadas, remidas e salvas pelo seu sangue, para na eternidade irem morar com o PAI.
Perguntei-lhe quem era para dominar tanta gente assim, respondeu-me que era o FILHO DO DEUS DE ABRÃAO, DE ISAQUE, E DE JACÓ, no que responderam outros, é o MESTRE, o Rabino da Galiléia, O FILHO DO DEUS TODO PODEROSO! JESUS CRISTO! O NOSSO SALVADOR!
Não acreditei que isto estava acontecendo comigo, quando alguém, no meio do povo perguntou-lhe: Mestre, qual é o grande mandamento da lei de Deus? Disse-lhe Jesus, “Amarás Teu Deus de todo o coração, de todo o teu pensamento e de toda a tua alma”.
Novamente perguntaram-lhe, e o segundo Senhor? Ao que lhe respondeu: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.
Fiquei imaginando como fora parar ali naquela época, a de Jesus Cristo, era impossível que isto estivesse acontecendo comigo, nunca acreditei em nada que envolvessem Deus ou Jesus, porque ninguém jamais me provou nada, só falavam, falavam, e nunca provaram nada que comprovasse a sua existência.
Então me senti novamente atraído a segui-lo, já que ELE começou a andar para a saída de Jerusalém juntamente com a multidão que o acompanhava onde quer que fosse.
Na passagem encontrou dois cegos de nascença sentados a beira do caminho, e, ao saberem que o MESTRE iria passar por ali, o chamaram pelo seu nome dizendo: “Jesus, Filho de Davi” tendes misericórdia de nós, aproximou-se então o Senhor deles perguntando; o que queres que Eu lhes faça? Disse-lhes os cegos: “Que nossos olhos sejam abertos” Senhor! Falou então Jesus aos dois, “CEGO VÊ, TUA FÉ VOS SALVOU”, logo os cegos viram, e, passaram a segui-los junto aos demais.
Quando pela manhã seguinte teve fome, encontrou uma figueira em seu caminho, mas, ela não tinha fruto algum, disse-lhe Jesus “Nunca mais nasça fruto de ti”, e a figueira secou de imediato, os discípulos vendo isto disse, como fizeste isto Senhor?
ELE falou-lhes assim: Se tiverdes fé e não duvidares, não só fareis o que fiz à figueira, mas, se disseres a este monte, ergue-te e precipita-se no mar, assim será feito, e, tudo o que pedires em oração crendo e tendo fé, o receberás!
Senti-me maravilhado com tudo isto, só não entendia o porquê desta revelação. Estava pensando nisto quando comecei a remexer-me na cama improvisada e findei acordando sobressaltado, impressionado com tudo o que aconteceu. 
Teria sonhado, ou não fora um sonho? Pois, não estava mais em Jerusalém, e, sim no barraco que escolhera para passar a noite.
Sentei-me e fiquei a pensar em tudo o quanto vi e ouvi. Cheguei à conclusão que Deus de fato existe, e que Jesus também existe! Eu já não podia dizer que não acreditava no que não via, ou não conhecia, pois, fui testemunha ocular da Sua existência.
Mas quem pode deixar de existir a qualquer momento sou eu, logo agora que encontrei na Tua Verdade um motivo para viver Senhor.
Lembrei-me então que ELE falara que tendo fé e crendo na salvação pelo Filho, o Pai tudo fará para atendê-lo, então dobrei meus joelhos ali mesmo, no chão onde me encontrava e clamei, “Senhor Jesus, agora que te conheci quero devotar a Ti todo o meu amor, sentia as lágrimas descerem pelo meu rosto e dizia, suplico-te, perdoa meus pecados, minha ignorância e dá-me a cura Senhor, tira este mal que destrói o meu corpo, já que os médicos da terra esgotaram todos os seus recursos, e, disseram-me que só um milagre me salvaria da morte esperada por eles, porém, só tu Senhor, pode contradizer a palavra dos médicos e curar-me!
Agora que já reflito melhor sobre o sonho que tive, seja lá o que acontecera, só sei que foi maravilhoso, em nome desta realidade que me mostrasse, te rogo meu Pai, põe tua mão sobre mim, abençoa-me e me salva para Ti Senhor!
Vieram em minha mente as lembranças da sua pregação no monte quando Jesus falou que “ninguém vai ao Pai, senão por mim”, por isto clamo a vós Senhor pela minha salvação, afaste esta doença do meu corpo e recebe a minha alma.
E no sonho OH! Pai, disseste-me que “OS MEUS OLHOS JÁ VIRAM A TUA SALVAÇÃO”, e mostrando-me que sem as suas bênçãos, jamais teremos vitórias em nossas vidas. Entrego-me em tuas mãos Jesus amado, para que faça de mim um vaso novo, assim poderei finalmente propagar os teus ensinamentos pela fé na Tua Palavra.
Algumas passagens descritas aqui têm suas palavras no livro de Mateus, cap.21-19/22, e em Lucas, cap. 2-29/30, que o Senhor nos abençoe e permita-nos acender as candeias acima de nossas cabeças para que nos encontre no dia do arrebatamento, então juntos, o seguiremos para a morada celestial em nome de Jesus Cristo, o nosso Salvador.
Não deixe meu irmão, que doença alguma mude o destino da tua vida sem antes conversares com o MÉDICO DOS MÉDICOS, o Senhor Jesus Cristo.
Os médicos do hospital não souberam o que dizer quando realizei novos exames, não havia mal em meu corpo, nenhuma doença existia mais, então eu lhes lembrei as palavras que me falaram: Só um milagre me salvaria. Mas, eu estou curado, e, respondi-lhes que o milagre chamava-se JESUS CRISTO, O ÚNICO QUE CURA E SALVA VIDAS DE VERDADE!
QUE O SENHOR NOS ABENÇOE EM NOME DO SEU AMADO FILHO, JESUS CRISTO, O NOSSO SALVADOR.

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