Verdes campos, – silêncio profundo o canto de um pássaro
pensamentos vagos uma estrela entre tantas.
Pensei em Deus, na sua essência, no seu esplendor,
na voz do riacho, o ruído das aguas caindo nas pedras,
o Ipê solitário, fores ao léu uma vontade de gritar…
Não devo…. O silêncio é profundo,- Uma voz silente,
pensamentos divagam e uma pergunta da alma: Quem é Deus?
Parei ali, pisando na grama, de repente um colibri e uma
flor ao meu lado, um canto alado onde só eu sentia em meio
à floresta num imenso espaço, minha mente se abriu em
lúdicas canções. Não era um sonho, apenas um êxtase ali
no regaço onde um astro brilhava naquela manhã.
Olhei mansamente por todos os cantos e um lindo encanto
cruzava o céu, asas abertas, os pés esticados a cor
delirante qual lindo brilhante daqueles momentos.
Fechei os olhos,- o som e as cores em minha alma absorta
sentia no peito uma voz ao meu lado.
Agucei os ouvidos e nada ouvia. Lembrei-me de João na
ilha de Pátmos olhando no alto queria ver Deus…
uma brisa suave envolve meu rosto e num lance singelo.
Assim como João… Deus ali estava… No voo do pássaro,
na flor se abrindo, na voz do riacho,
no cintilar das estrelas e no nosso ser…
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