Envelheço quando me fecho para novas ideias e me torno radical.
Envelheço quando o novo me assusta e minha mente insiste em não aceitar.
Envelheço quando me torno impaciente, intransigente e não consigo dialogar.
Envelheço quando meu pensamento abandona sua casa e retorna sem nada a acrescentar.
Envelheço quando muito me preocupo e depois me culpo por não ter tido tantos motivos para me preocupar.
Envelheço quando penso em ousar e já até antevejo o preço que terei que pagar pelo ato, mesmo que os fatos insistam em me contrariar.
Envelheço quando tenho a chance de amar e daí o coração de dispõe a pensar: “Será que vale a pena correr o risco de me dar? Será que vai compensar?”.
Envelheço quando permito que o cansaço e o desalento tomem conta de minha alma e me ponho a lamentar.
Envelheço, enfim, quando paro de lutar.
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