Quando um sábio resplandecente de luz aportou no ventre de Maria, surgiu na alma de José, como que um vento avassalador soprando algumas incertezas, mas, que alimentado por Deus, o tempo se encarregou de suavizar sua alma, e o seu coração de escolhido, tornando-o manso e suave quais ondas a fazerem silêncio para ouvir o canto mavioso dos anjos….Nasceu Jesus…
O Mestre ao sugar o leite materno tornou-se aluno iluminado a receber
carinhosamente os afagos de amor, aquecendo-se entre os seios abençoados de luz .
Aprendeu em sua puberdade a manejar a enxó e o formão, para esculpir em madeira os poemas da alma juvenil, alicerçados no aprendizado das leis do Pai…
Enquanto adulto, nas lidas com pescadores e cobradores de impostos,
assimilou pacientemente as indecisões de Pedro ao lançar a rede de pesca ao mar…
Diante do vendaval que acoitava a barca, fez-se sereno, manso e humilde para aplacar a tempestade, que inquietava os que possuíam os indesejáveis receios por falta de fé.
Ao ser questionado se era Rei, deixou claro que o seu reino não era deste mundo…
A sua mansidão era qual uma flor de albadeira sendo beijada pelos insetos
que a polinizavam os campos preparando-o para a Cristianização do universo.
Deixou-se questionar à beira do poço de Jacó, para expor a mulher samaritana que a sua água dessedentava para toda eternidade, aqueles cuja sede era capaz de abrir sulcos nos lábios, mas, que proferiam amor.
Ao saudar a multidão no sopé de um monte ofereceu as Bem-Aventuranças, como manjar de esperança, mostrando que o Reino dos Céus é para os mansos e aprendizes da vida.
Visitando Zaqueu, tornou-se aluno para ouvir que os bens conquistados
pelo seu anfitrião pouco valia diante da obra do Pai…
Cercado pela multidão qual tempestade em fúria, impediu Fariseus Publicanos e outros, do apedrejamento da mulher adúltera.
Ainda hoje…Ele transita por entre as veredas dos corações daqueles
que cultivam o seu inesgotável Amor
