Filho de Maria
Mais um Natal. Dentre tantos que já vivemos sentimo-nos calcinados pelos valores que mancharam a passagem dessa data para o mundo cristão. Pessoas enoveladas pela data tornam-se truculentas, desatentas aos sabores da vida pendendo apenas para o lado dos sentimentos materiais. Torna-se preciso buscar na literatura do Nascimento Do Filho de Deus, de que por mais aquinhoado ou pobre que sejam os cristãos, estão muitos deles, esquecidos dos mais nobres sentimentos da beleza espiritual que foi o nascimento do Menino de Maria. Sua mãe angelical desfraldou a bandeira da humildade para receber em seus braços o Divino mestre,- que tanto amamos. Às vezes nos perguntamos, teria sido Jesus um menino que brincava com gravetos ou algum pedaço de corda, ou até mesmo com os dedos sujos de terra sobre os lábios para ouvir o som da sua voz, ou talvez engatinhar com um joelho levemente suspenso, pés descalços e manto roto. Talvez alguns não consigam avaliar os seus gestos, as suas primeiras palavras, ou muito menos o quanto foi gratificante para o nosso orbe a sua bendita vinda. Jesus que habita nos corações daqueles que buscam a verdade. Teria sido uma criança feliz, ou ingênua, ou apenas mais uma criança? O que na verdade ocorreu foi que possivelmente diferenciada em sua vida, tenha sido um hino,- amparado por anjos celestiais da mesma falange, para suportar as turbulências de um mundo de falhas morais, onde ele aprendeu ao tornar-se Jovenzinho para ensinar os doutores da velha lei.
Teria ele nadado nas águas do Rio Jordão, ou aprendido de Maria os caminhos redentores da alma? Possivelmente era uma criança diferente, seu olhar era manso, suas ações estavam vinculadas ao velho pai que manejava a enxó, o trado, ou talvez o rude serrote no inabalável desejo de aprender a arte da embrionária carpintaria. O Filho do carpinteiro teve uma infância abastada nos conhecimentos celestiais. Sua glória não era a de perambular pelas ruas poeirentas de Nazaré e sim a de tornar-se o mais angelical dos meninos da sua idade e como tal, possivelmente, – já discriminado pelo seu jeito, e pelo semblante angelical tal qual O Apóstolo João, fala em seu Evangelho:- NO PRINCÍPIO ERA O VERBO E O ESTAVA COM DEUS E HABITOU ENTRE NOS…
Considerando todas essas nuances resta-nos meditar profundamente que o Natal deveria ser de louvor para o menino que se tornou homem, mas, que habita no coração daqueles que conseguem entender o Natal…
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