
Como espíritos imortais, de tempos a tempos albergados na carne,
vemos diante de nós a urgente tarefa da reeducação moral.
Somos ainda Espíritos tão imperfeitos, que as fagulhas do bem a cair sobre a Terra, como estrelas cadentes em chuva de amor, sobre nós raramente são percebidas, por nossos corações tão atormentados.
E tudo isso porque ainda não nos habituamos ao bem.
A imersão no corpo físico vem limitar não somente os sentidos, mais amplos da alma, mas também o hábito, milenar de exercer julgamentos.
Vamos educá-los com amor. A começar pelos olhos, vamos treiná-los para ver o bem em toda a parte.
Por mais degradante ou suspeita, a imagem que surja diante de nós, que nossos olhos, tocados pelo amor de Deus, possam cobri-la de luz, e torná-la um convite à caridade, à solidariedade e ao bem comum.
Que o mendigo não seja, portanto, o delinquente; mas o irmão em maior necessidade.
Que o violento seja alguém a nos clamar candura.
Que o salteador seja uma alma mais necessitada, daquele bem que talvez acumulássemos em demasia.
Que o assassino seja apenas um espírito, que se distanciou de Deus e suas leis de amor, a nos rogar complacência e reeducação.
Que o familiar indisciplinado seja o Espírito, em imensa dificuldade que Deus confiou ao nosso amor.
Façamos aos outros como Jesus faz conosco.
Olhemos com olhos do bem, para ver o bem do Cristo em toda parte.