A dor é inevitável e o sofrimento opcional já dizia o antigo dito popular… Pode até parecer uma frase pronta, ou tirada de um livro de autoajuda, mas há nesta afirmação uma realidade irrefutável: Crescer dói! Seja mentalmente, emocionalmente ou fisicamente – sim, muitas crianças durante a fase de crescimento sentem as dores dos seus ossos a crescer sob a pele -, todo o processo de crescimento está sujeito a dor. A dor, por sua vez, não é uma sentença de sofrimento e lamentação para toda eternidade, mas um convite, um sinal, que aponta qual(is) região(ões) de nosso ser carece(m) de cuidado, atenção, ensino e aprendizado para que possa(m) se desenvolver.
Quando não estamos atentos o suficiente para essas regiões que carecem de cuidado e atenção, quando não entendemos e aprendemos com aquela situação dolorosa e resistimos ao crescimento, a dor se prolonga por mais tempo que o necessário. A esse prolongamento da dor damos o nome de sofrimento. Sim, o sofrimento vai de encontro ao movimento da dor que é de crescer. Ele é a força de resistência que impomos às mudanças tão necessárias ao nosso progresso pessoal. Crescer é reconhecer as partes escurecidas de nossa alma com amorosidade, oportunizando que esses aspectos de nós se desenvolvam. Crescer é olhar com acolhimento para aquilo que nos incomoda em nós mesmos, para iluminar aquilo que está sombreado em nosso ser. Crescer é aceitar quem somos de modo expandido: com nossas belezas e feiuras, proporcionando um florescer mais belo de nosso jardim a cada nova primavera.
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