Lá fora o frio inclemente… uma calçada gelada;
um cobertor velho surrado… um corpo sujo no chão;
um vazio dentro d’ alma… uma revolta no olhar;
transeuntes assustados… diante da vida cruel;
uma igreja suntuosa …um copo de aguardente…
um sonho que foi desfeito… uma lágrima no olhar;
uma esperança perdida… num rio que já secou;
um político arrogante… sem moral ou sem pudor;
uma ilusão nos aflitos… um grito envolto na dor;
uma mãe carregando o filho… mãos estendidas a pedir;
um jovem belo; drogado… um país andando em ré;
uma professora sem salário… um bombeiro de quepe na mão…
uma lágrima rolando -, nas fendas do rosto seu;
um parasita assaltando…um corpo inerte no chão;
uma criança chorando, quase sempre a pedir pão;
um presidente em falácias…defende a corrupção;
um idoso sem o médico, nos dias de agonia;
morrendo nos corredores, de uma imunda enfermaria;
a palavra triste de um poeta, ecoa no infinito;
a luz não chega nas casas deixa revolta e um grito;
um raio de desespero se acumula em muitas mentes;
um velho baú vazio …farrapos por todos os lados
uma calçada tão fria… um cobertos velho; rasgado;
triste esperança desfeita …miséria por todos os cantos;
assim eu vejo meu povo…
este é um triste legado…
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