
Uma moça muito jovem vem para o tratamento de terapia, com uma alergia muito grande nos braços.
Após conversar com o facilitador a respeito, relata que convive com essa alergia há mais de oito anos.
Relata inclusive que toma medicamentos específicos, e que aplica cremes caríssimos, para tentar resolver este problema que parece interminável, pois a cada momento se agrava mais.
Como isto fica exposto pelo corpo, tanto nas mãos, braços e rosto,
isso muitas vezes a inibe de freqüentar hall de amizades; sem considerar que jamais, vai á praia ou piscina.
Sentiu muitas vezes na pele a discriminação, e a rejeição de certas pessoas de estar, e conviver ao seu lado no dia a dia do seu cotidiano.
A situação tem se agravado cada vez mais, fazendo inclusive com que seu sistema nervoso, ficasse cada vez mais abalado, e anda tensa e nervosa.
Durante entrevista, relata que tem uma divergência muito grande com a mãe,
e que as duas têm conflitos homéricos, desentendimentos profundos.
Relata inclusive que muitas vezes após discussão com a mãe, as feridas se proliferam ainda mais, bem como, tem aumentado constantemente.
Precisa ficar sempre agasalhada, com as mangas cobrindo seus braços e até as mãos mesmo em dias de calor intenso.
Deita na maca e inicia-se um relaxamento, para sair desse estado de desequilíbrio em que se encontra, e após relatar a sua situação, sua mente está muito tensa e ela demora para conseguir se desvencilhar, dos problemas que a afligem e a atormentam.
Ao comando do facilitador, começa então a se relaxar, primeiro pelos pés, depois pernas, costas, a nuca, cabeça, olhos, boca e após esse relaxamento sentiu vontade imensa de dormir.
Mentalmente após a orientação do facilitador, começa a voltar no tempo, num processo de regressão.
Vai voltando gradativamente por cada momento, de sua vida, e vai relatando, as experiências que se sucederam, durante estes momentos de sua encarnação atual.
Fala da morte do pai, da emoção que sentiu, quando estava com dez anos de idade e viu no seu pai morto no caixão, toda a cena das pessoas chorando.
Como este, ainda, não era o momento de trauma que afligia, continua voltando no tempo.
Voltando ainda no tempo, chega ao útero da mãe, e começa a relatar os momentos de aflição, quando em espírito, porém neste momento como alma, vê as dificuldades que a mãe atravessa, neste momento.
Relata as dificuldades, angústias e tristezas que a mãe está passando.
Relata o momento dolorido que a mãe chega, ao tentar abortar, pelas dificuldades que enfrenta naquele momento, pelo abandono e ausência do pai.
Sua mãe toma chás e remédios abortivos, mas não consegue o efeito que deseja.
Vendo e pressentindo toda esta vibração de desequilíbrio, que a atormenta muito e sofre como que, conjuntamente as amarguras e as tristezas que a mãe vive neste momento.
O choro e a angústia que a mãe passa, fazem-na sentir muitas dificuldades para reencarnar.
A sessão é interrompida, para aliviá-la desta série de sofrimentos.
O facilitador pede que ela se acalme e fique tranqüila.
O facilitador então pede para que ela perdoe a sua mãe, o que ela está tentando fazer.
Diz para ela que na verdade sua mãe está em dificuldades, mas que a deseja bem e como a ama muito.
Muitos dos registros negativos que a atormentam são substituídos por registros positivos e de muito amor, que sua mãe lhe adora e que ela é muito bem vinda.
Ela sentia uma emoção muito grande e chorava, mas que rapidamente é abafado pelo aspecto da paz interior, que lhe tomava conta.
Posteriormente a estas duas horas que demoram esta regressão, a moça começa a voltar para o seu momento atual.
Ao acordar sente-se mais calma, mas ainda chora, porém sente-se aliviada.
Sente-se com uma vontade muito grande de pedir perdão para a mãe, e que vai seguir o conselho do facilitador, de abraçar a mãe, inclusive dizer que a perdoa de todo coração.
Após quinze dias a moça retorna, e já é outra pessoa, pois seus braços já estão descobertos, seu rosto não possui manchas, e está com mais entusiasmo e alegria.
É nítido ver a sua transformação, física e emocional, pois segundo ela disse, está se dando bem com a mãe, e que se tornaram boas amigas além de tudo.
Mais outros quinze dias se passam, e a moça retorna, sem que algo visível pudesse ser visto, no seu corpo físico.
Comenta inclusive, que não toma mais nenhum tipo de medicação, nem passa mais nenhum creme pelo corpo, pois não necessita.
Diz que o relacionamento com a mãe, agora é outra coisa, sem conflitos nem tampouco a agressividade, de ambas as partes.
Retorna mais duas vezes, e logo recebe alta, pois não necessita mais nada,
além da reforma íntima, que é imperioso continuar sempre.