Quase acreditei que não era nada, ao me tratarem como nada.
Quase acreditei que não seria capaz,
quando não me chamavam por acharem que eu não era capaz.
Quase acreditei que não sabia,
quando não me perguntavam por acharem que eu não sabia.
Quase acreditei ser diferente,
entre tantos iguais, entre tantos capazes e sabidos,
entre tantos que eram chamados e escolhidos.
Quase acreditei estar de fora,
quando me deixavam de fora porque… que falta fazia?
E de quase acreditar adoeci;
busquei ajuda com doutores, mestres, magos e querubins.
Procurei a cura em toda parte e ela estava tão perto de mim.
Me ensinaram a olhar para dentro de mim mesmo,
e perceber que sou exatamente como os iguais que me faziam diferente.
E acreditei profundamente em mim.
E tenho como dívida com a vida fazer com que cada ser humano
se perceba, se ame, se admire de si mesmo,
como verdadeira fonte de riqueza.
Foi assim que cresci: acreditando.
Sou exatamente do tamanho de todo ser humano.
E por acreditar perdi o medo de dizer, de falar,
participar e até de cometer enganos.
E se errar?
Paciência, continuo vivendo por isso aprendendo.
E errar é humano.
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