A lagosta cresce formando e largando uma série de cascas duras, protectoras.
Cada vez que ela se expande, de dentro para fora, a casca confinante tem de ser mudada.
A lagosta fica exposta e vulnerável até que, com o tempo,
um novo revestimento vem substituir o antigo.
A cada passagem de um estágio de crescimento humano para outro,
também temos de mudar a nossa estrutura de protecção.
Ficamos expostos e vulneráveis, mas também efervescentes
e capazes de nos estendermos de modo antes ignorado.
Essas mudanças de pele podem durar vários anos.
Entretanto, se sairmos, de cada uma dessas passagens,
entramos num período mais prolongado e mais estável,
no qual podemos esperar relativa tranquilidade e uma sensação de reconquista de equilíbrio.
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