Como facilitador, minha missão é ajudar as pessoas nas suas doenças físicas e emocionais, algumas vezes separadamente, mas na maioria das vezes ao mesmo tempo, já que a mente afeta a saúde do corpo e vice-versa.
Queria sempre pensar que a alma fosse sempre saudável, pois uma obra do Criador é sempre perfeita. Mais tarde fui me acostumando, que embora a alma tenha sido criada perfeita, foi se contaminando e ficando doente por si mesma com o tempo de sua existência. Raivas, invejas são ótimos ingredientes para tornar a alma em estágio avançado de fracasso,
que só tende a permanecer como água parada, ou seja, cheia de vírus, bactérias e doenças. Quando nosso corpo físico está doente é facilmente detectado o que está ocorrendo, e daí partir para um medicamento, alopático ou não, para restabelecer a saúde do corpo, é simples. Mas quando estamos doentes da Alma, como diagnosticar e principalmente qual “remédio” devemos tomar, para resolver esse problema? Fácil realmente não é, e diante muitas vezes de nosso orgulho e nossa vaidade, fica muito mais difícil de esquecermos que nossa falta de humildade, é fator preponderante para que não possamos pedir ou aceitar ajuda, nem tão pouco, aceitar os “remédios” que nos são recomendados.
Imperioso neste problema tão complexo é iniciar pela humildade, pois só assim abriremos as portas, para que possamos ser ajudados, obtermos sucesso naquilo que precisamos mudar para que possamos viver em paz. Fora o aspecto da alma, nossa saúde estando comprometida, tende a nos impedir de lidar com a raiva, e isto gera em nós distúrbios que nos afastam da compaixão, empatia e paciência. Muitas das vezes, quando estamos doentes, só conseguimos pensar na doença, tornando pequenas as chances de nossa melhora. Por isso que muitas doenças, no nascedouro da alma, mais tarde alcançam o mar pelos rios das fobias, medos, ansiedades e depressões. Há que se perguntar se tudo isso surgiu agora ou já vem também de outras vidas passadas, pois como nossa alma não surgiu hoje, como o nosso corpo físico, ou seja, já de milhões de anos, necessário pensar então que o mais provável, que tudo isto, ou quase tudo, ou bastante do que vivemos hoje, teve como início, problemas e plantações que fizemos no espaço grande para nós, mas pequeno para a eternidade dos tempos. Um homem de aproximadamente 30 anos procura ajuda para se desvencilhar de problema muito grave. Possui uma fobia enorme: tem medo, que o faz ficar muitas vezes sem condições de ir para o trabalho, mas o mais interessante diz ele, é o fato de que não consegue saber o real motivo do seu medo. No dia que está assim, não tem ânimo, nem forças de sair da cama, e fica prostrado sobre a mesma, e nem fome para se alimentar possui.
Fica inclusive com vergonha de dizer para sua esposa e para o casal de filhos que possuem que não irá trabalhar, pois está com medo. Isto nos dias que ocorre, não tem ao menos condições de práticas sexuais com sua esposa, pois o medo impera em tudo ao seu redor. A esposa o entende e deseja que ele melhore, pois como ela trabalha, tem até medo de que ele fique sozinho em casa, e que algo de pior possa lhe acontecer. Isto faz a sua esposa ficar muitíssima preocupada, tendo que telefonar-lhe várias vezes no dia, para saber como está. Houve inclusive vezes em que ele não ouvindo e não atendendo ao telefone, forçou que sua esposa, largasse o serviço e se deslocasse até o lar de ambos, para ver como ele estava, ou o que estava acontecendo. Nestes oito anos de casados passou por situações constrangedoras, que quase foi motivo para que desfizessem o casamento. Talvez neste descritivo aqui você não possa imaginar, mas nas palavras que o homem vai dizendo, é assustador e digno de procurarmos oferecer ajuda e solução, que é o que ele mais procura nesse momento, pois já está quase desistindo de tudo. Convém salientar também, que muitas vezes seu emprego ficou ameaçado, pois como ocupa cargo de confiança e é responsável por várias equipes de trabalho, muitas vezes viu comprometida a sua posição. Imagine que neste pequeno resumo, na prática já se foram 2 horas e 40 minutos, em que o homem faz uma pequena narrativa do que passa no seu cotidiano. O facilitador orienta que agora ele deve se acalmar manter-se sereno, e procurar se tranquilizar, para poder alcançar o objetivo maior é que a sua melhora. Ele se relaxa rapidamente, e quando após passar na mentalização, pelos pés, pelas mãos, pelas costas, pela cabeça, o facilitador diz: fique calmo enquanto você ouve somente a minha voz, ele já está prestes a entrar num sono terapêutico. Sentindo que ele está liberto, o facilitador o convida para fazer um passeio maravilhoso, indo por dentro de uma mata, até chegar num jardim muito lindo, com muito verde, uma grama muito verde e maravilhosa, toda uniforme e bem cortada. O homem está totalmente entregue àquela situação, e já está praticamente absorto, para seguir os comandos do facilitador. O facilitador mostra a ele, bem próximo, sobre a grama, um cofre, e lhe sugere que ele abra o cofre, e em seguida pede que ele coloque no cofre uma placa escrita “MEDO” que está do lado esquerdo do cofre.
Em seguida pede-lhe que feche o cofre com a palavra “MEDO” lá dentro, escrito na placa e entregue-lhe a chave. Diz o facilitador agora para ele, que o “MEDO” está no cofre, e que ele está com a chave, e que vai guardá-la para sempre.
Lembra-lhe que agora ele não tem condições de fazer mais nada, pois o “MEDO” está no cofre, e ele não tem a chave que possa abri-lo. Por várias vezes repete que o “MEDO” está no cofre e que ele não possuindo mais chave para abri-lo,
não tem mais como acessar o “MEDO”. Salienta ainda que o “MEDO” que tinha está guardado e que a chave está consigo, e ele não têm mais acesso. Salienta repetidas vezes que: hoje você deixou o ‘MEDO” no cofre, e sem acesso, você o perdeu para sempre. Mas se tratando de uma pessoa maravilhosa irá receber um presente. Faz-se pequena pausa, para que os registros na sua mente possam ir se modificando, e diz para ele que agora, do lado traseiro do cofre, existe uma outra placa para que ele possa viver com ela daqui para frente. Após instantes de expectativas o facilitador pede que ele vire a placa, que até então estava de costas, e nela está escrito “CORAGEM”. O facilitador atua então sobre sua mente, que a “CORAGEM” vai segui-lo por todos os cantos e momentos da sua vida, e, que ao acordar deve mirar-se num espelho no primeiro instante, fitar sua imagem no espelho e dizer: ”coragem eu já acordei, estou aqui e quero estar contigo por todo meu dia”. Esta frase é repetida várias vezes para que ele possa fixá-la. Então ele é retirado do jardim e volta para a vida real. É acordado, e então quando já se sente tranqüilo, é convidado a se sentar na maca, respirar fundo, mantendo-se de olhos abertos. Já perfeitamente tranqüilo é convidado a narrar as experiências e sensações que teve durante o processo. E ele narra exatamente, como o que você acabou de ler até agora, pois foi preciso fazer uma inversão de tempo, para que você pudesse entender o que se passou. Entretanto é imperioso lembrar que a ajuda e contribuição do homem foi fundamental para chegar, até onde foi possível. Vai embora e só nos resta esperar seu retorno para ver como se encontrará. Passado uma semana ele está de volta, sorridente, nem parece ser aquela pessoa, que havia estado ali, tão abatido, sem segurança e muito caído. Diz estar se sentindo bem, tem trabalhado normalmente, e principalmente conta que todos os dias ao acordar, tem falado com seu espelho. Conta ainda que ir ao espelho e falar a frase por completo chega a ser pitoresco. Lembra que tem feito todos os dias sem exceção, o ritual de ir ao espelho, e que no começo sentia até arrepios. Conta também que sua esposa estava fora, e que gostaria de falar com o facilitador,
sobre as melhorias do seu esposo, pois se tornou forte corajoso e até o Homem. O facilitador conversa com a mulher, e pede que ela agradeça só a Deus e ao seu esposo, pois eles sim é que fizeram toda essa mudança. Por quatro meses ele continuou em manutenção, e depois deliberado, não necessitando de retornar mais.
